Um auxiliar do ex-governador Ricardo Coutinho confidenciou ao blog que o então candidato à reeleição foi alertado em 2014 que o uso da máquina pública na campanha juntamente com o abuso do poder econômico poderia terminar em cassação do mandato.
Ricardo não tinha digerido o divórcio de Cássio e levou a eleição para o lado pessoal. Segundo o ex-auxiliar, RC teria dito: “Prefiro ser cassado, mas não perco a eleição para Cássio”. A frase teria sido dita quando Ricardo Coutinho estava 20 pontos atrás de Cássio, ainda no 1° turno.
Entrei em contato com o ex-governador para checar a veracidade da frase, mas fui bloqueado no WhatsApp.
A famosa Aije do Empreender, que cochilava no TRE há cinco anos, finalmente começará a ser julgada nesta quinta-feira, 11. No entanto, a Aije vai além do programa Empreender, envolvendo outras práticas que embasaram o pedido de cassação por parte do Ministério Público Eleitoral:
1 – Uso indevido da máquina pública para realização, durante o período eleitoral, de reuniões político-eleitorais, promovidas pelo Governo, através da Secretaria de Cultura, denominadas “Plenárias da Cultura”;
2 – Distribuição gratuita de material escolar, que deveria ocorrer em janeiro, ocorreu em julho, agosto e setembro, em pleno período eleitoral de 340 mil kits escolares, contendo publicidade institucional do Governo do estado;
3 – Movimentação de pessoal, demissões e contratações, inclusive “codificados” em todas as regiões do estado, claramente por motivação política, no ano de 2014, inclusive no período eleitoral;
4 – Abuso de poder político e econômico através do programa social Empreender, durante o ano de 2014, inclusive no período eleitoral.