Ao longo de 14 anos, a ORCRIM Girassol fez muitas vítimas na Paraíba, seja derrotando deputados oposicionistas como Janduhy Carneiro, Vituriano de Abreu, Renato Gadelha, entre outros; seja destruindo reputações, como tentaram com Nilvan Ferreira, Cássio Cunha Lima e Cícero Lucena.
A última estratégia da organização criminosa chefiada por Ricardo Coutinho é cair atirando, como fez recentemente a delatora Livânia Farias ao envolver o secretário de Comunicação Nonato Bandeira na ‘operação abafa’ do propinoduto girassol, quando uma blitz policial apreendeu R$ 80 mil em propina, em 2011.
A mais nova vítima da ORCRIM Girassol é o deputado estadual Raniery Paulino, uma das poucas reservas morais da nossa malfadada classe política.
Acompanho a atuação política de Raniery desde o ano 2002, mas só passei a ter mais proximidade há uns poucos meses. E afirmo sem medo de errar que Livânia Farias mentiu ao envolvê-lo numa suposta negociação de propina na Granja Santana.
Raniery sempre foi firme em suas convicções e é um dos poucos políticos que jamais se aliou ao esquema de Ricardo Coutinho, mesmo em 2015, quando RC acabara de derrotar Cássio Cunha Lima e tinha se tornado um rei imbatível.
A delação de Livânia ainda encontraria alguma verossimilhança se Raniery Paulino tivesse votado em Ricardo Coutinho no 2° turno de 2014, o que jamais aconteceu. Muito pelo contrário, Raniery sempre defendeu candidatura própria do MDB e foi um dos alvos do ex-presidiário na região do Brejo.
Mas Livânia Farias não agiu sozinha. Envolver pessoas de boa índole como Raniery Paulino em suas delações é parte da estratégia de Ricardo Coutinho, que quer jogar toda a classe política na lama, para que todos sejam iguais a ele.
Raniery é um das figuras mais éticas e sérias da nossa política e merece a solidariedade de todos que vêm combatendo a organização criminosa de Ricardo Coutinho.
A trajetória de Raniery Paulino já diz muito sobre ele.