Romero deu seta à esquerda e entrou à direita; poderá mudar de direção até as convenções?

A decisão de Romero Rodrigues em apoiar o tucano Pedro Cunha Lima para o governo poderia ser uma escolha natural e bastante óbvia. Mas não foi. E por vários motivos. O ex-prefeito de Campina Grande deu inúmeros sinais de que seria candidato a vice de João Azevedo. O próprio Romero, após retirar a pré-candidatura, declarou que conversava com o governador. Também não compareceu ao lançamento da pré-candidatura de Pedro.

Em seguida, seus aliados foram para o governo, a exemplo de Eva Gouveia, vereadores de Campina Grande e prefeitos do PSD. Até o irmão de Romero, deputado estadual Moacir Rodrigues, foi tomar um cafezinho na Granja Santana. Nas últimas semana, Gilberto Kassab, o presidente do partido de Romero, convidara João Azevedo para se filiar à legenda.

O que aconteceu nos bastidores só Romero sabe, mas certamente foi algo de extrema relevância – ou gravidade. Uma vez que a aliança com João Azevedo era prego batido e ponta virada. Mas, com a ajuda de uma chave de fenda e um alicate de bico, Romero conseguiu tirar esse prego da madeira.

Ou seja, quem apostou na aliança não errou. Romero quem deu um cavalo de pau nas suas próprias pretensões políticas.

Romero poderá dar outro cavalo de pau até as convenções? É improvável, porém, diante do comportamento bipolar do ex-prefeito, não é de se duvidar.

Sendo bem pragmático, Romero deixou passar um cavalo celado que muito provavelmente o levaria à disputar a reeleição em 2026 com a caneta na mão. Talvez, jamais Romero tenha outra chance igual nesta vida.

E ninguém poderia criticar seu pragmatismo eleitoral. Porque mais contraditório que uma alinça entre Romero e João, é a união entre Veneziano e os Cunha Lima, que ainda não se materializou, mas já conta com a simpatia (e tratativas) dos caciques.

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