Na eleição de 2014, a campanha do PSB fez um samba de uma nota só com o salário que o senador Cássio Cunha Lima acumulava junto com a pensão de ex-governador. Agora, eis que o feitiço se vira contra o feiticeiro e o PSB vai ter que conviver com um pré-candidato com fama de “marajá”.
De acordo com dados do Tribunal de Contas do Estado, o secretário e pré-candidato a governador, João Azevedo, acumulou seis vencimentos no ano de 2017, totalizando R$ 45 mil por mês, ultrapassando o teto de R$ 33 mil do funcionalismo público.
Segundo o relatório do TCE, João Azevedo recebe como secretário de Infraestrutura (R$ 17.725,61), aposentado da Suplan, na condição de inativo (R$ 15.156,65), como conselheiro da Cagepa (R$ 2.169,06), como conselheiro das Docas (R$ 1.506,99), conselheiro da Cehap (R$ 939,60) e, finalmente, professor do IFPB (R$ 7.396,19).
Certamente não há ilegalidade nos valores recebidos, como também não era ilegal o acumulo do salário de Cássio Cunha Lima no Senado com a pensão de ex-governador. Porém, num País onde 80% da população recebe um salário mínimo, tal fato é visto como imoral.
Cássio já havia pedido a suspensão da pensão no ano de 2011, ou seja, bem antes da eleição de 2014, como comprova reportagem abaixo. Será que João Azevedo vai seguir o discurso do PSB e dará exemplo ou vai continuar recebendo salário de Marajá?