Então juiz mais notório do país, Sérgio Moro nunca escondeu sua vaidade extrema. Personagem de capas e mais capas de revistas, era tratado como um herói, inflando ainda mais o seu gigante ego e fazendo-o pensar ser um popstar global.
A vaidade era tão grande que o cegou diante da tragédia anunciada, que seria fazer uma aliança com o diabo (Bolsonaro) para garantrir a nomeação como ministro no STF.
Aceitou fazer parte de um governo de loucos e com uma pauta absurdamente nociva.
Mas para garantir a vaga, Moro tinha que engolir muitos sapos. Engoliu um bocado, mas não conseguiu digerir o maior de todos – chancelar a troca do comando da Polícia Federal para proteger os filhos bandidos do presidente.
Moro chegou a ser eleito uma das 50 personalidades da década pelo jornal Financial Times. Mas abandonou 22 anos de magistratura e uma aposentadoria integral para virar babá de miliciano no governo Bolsonaro.
O final todos já conhecem. Moro virou político no campo da extrema-direita fascista, numa carreira que promete ser curta e que dela ele sairá pela porta dos fundos.
Sem honra e sem glória.
Se arrependimento matasse, Moro ainda estaria vivo?