De acordo com um trecho da delação do ex-diretor da Cruz Vermelha, Daniel Gomes, Coriolano Coutinho, preso na Operação Calvário, é mesmo o dono do Paraíba de Prêmios, empresa de jogos de bingo que funciona em toda a Paraíba. Em um dos momento da delação, Daniel conta o relato de Coriolano informando sobre suas pretensões com relação à empresa.
“Ele me relatou que tanto ele como Ricardo Coutinho tinham grande interesse nessa área, que seria o suposto “dono da empresa” PARAÍBA DE PRÊMIOS, administrada por um laranja e credenciada junto a Loteria do Estado da Paraíba (LOTEP), bem como que o lançamento do produto chamado ‘BILHETÃO DA SORTE’”, relata Daniel.
Diante das revelações do chefe do núcleo empresarial da ORCRIM Girassol, uma pergunta bastante óbvia é preciso ser feita: por que o Paraíba de Prêmios continua em operação, vendendo seus bilhetes no estado? Se a empresa está realmente a serviço da organização criminosa de Ricardo Coutinho, sua operação já deveria ter sido suspensa.
Em outro momento Daniel relata: “Ainda naquela reunião, Coriolano ligou para o laranja dele do “PARAÍBA DE PRÊMIOS” e determinou que marcasse uma reunião com a presidente da CVB-PB para criar um novo produto da LOTEP com a PARAÍBA DE PRÊMIOS. Ou seja, ele mesmo preferiu tratar do assunto e eliminar o concorrente BILHETÃO DE PRÊMIOS”.
Daniel também conta do medo que tinha de Coriolano. “Como relatei nesse anexo, o Coriolano Coutinho controla a LOTEP, tendo muito envolvimento com jogo de apostas no estado da Paraíba. Consequentemente, Coriolano tratava com pessoas ligadas à área de segurança que, por vezes, como já ouvi falar, se encarregavam de fazer ameaças às pessoas que se voltassem contra eles no esquema. Assim, meu grande receio é de se vingarem de mim ou da minha família em razão dos fatos aqui relatados.”
Polítika com informações do Fonte83