Por isso que eu sempre digo, o pior do Brasil é o brasileiro! Somos um povo de memória curta e sem vergonha na cara. Na última sexta-feira, 09, o ex-governador Ricardo Coutinho recebeu do campus V da UEPB, em João Pessoa, o ‘Troféu do Mérito Acadêmico’, uma honraria que não existe no estatuto da universidade e que não foi aprovada pelo Conselho Superior.
Ou seja, pura babação de ovo da coordenadora do Campus V da UEPB, professora Jaqueline Barrancos e dos demais conselheiros. Certamente todos eles sofrem da síndrome de Estocolmo; um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.
É como se as universidades federais prestassem homenagem a Bolsonaro e o ministro da Educação Abraham Weintraub. Dá pra imaginar?
Só que é muito pior: o que Bolsonaro vem fazendo nas IF’s, Ricardo Coutinho já faz na Paraíba desde 2011; desrespeitou a lei da autonomia e cortou meio bilhão de reais em 8 anos. Foi o pior governador da história da UEPB, que passou quase uma década comendo o pão que o diabo amassou e não abriu um campus sequer durante a gestão “socialista”.
Inclusive, o campus em que a senhora Jaqueline Barrancos e os demais professores que tietaram seu algoz dão aula, só existe graças ao ex-governador Cássio Cunha Lima. Porque se dependesse de Ricardo Coutinho e seu corte de meio bilhão, a UEPB teria fechado alguns campi, como chegou a ser especulado durante a crise.
Ricardo é digno de moção de repúdio – não de honraria. Bem como todos os professores e alunos que foram aplaudir o seu algoz.
Repito, o pior do Brasil é o brasileiro.
O que a reitoria da UEPB tem a dizer sobre tamanha falta de vergonha do campus V?