Você já leu aqui a respeito do deputado federal do Rio de Janeiro que está preso em regime semiaberto e sai da cadeia apenas para trabalhar na Câmara. Aliás, já leu duas vezes aqui. Pois esta é a terceira vez, e ele nem deve poder ver Fantástico no domingo à noite para pedir música.
O deputado federal Celso Jacob, do PMDB do Rio, tem a permissão do juiz Valter Bueno Araújo, da Vara de Execuções Penais de Brasília, para trabalhar durante o dia e voltar à noite ao Complexo da Papuda, cadeia onde mora desde que foi condenado pelo STF a sete anos e dois meses de prisão por crimes de falsificação de documentos e dispensa de licitação, cometidos quando ainda era prefeito de Três Rios-RJ, em 2003. Nesta quarta-feira, porém, precisou voltar mais tarde do que o habitual para “casa”.
O motivo foi a votação em que a base governista conseguiu barrar a denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer, que começou apenas às 18h20 e só terminou próximo às 22h. Mas como, se o deputado tem que voltar à cadeia às 18h30 todos os dias? Bom… Há uma resalva. “Caso as sessões se estendam para o período noturno, essa circunstância deverá ser demonstrada pelo sentenciado ao estabelecimento prisional onde estiver recolhido (no caso, a Papuda), por ocasião do seu retorno para o pernoite”, determinou o juiz, como informa o Congresso em Foco.
Jacob foi um dos 263 votos a favor de Temer, contra a denúncia de corrupção. Como se fosse necessário avisarmos aqui.
Surrealista