TJ alerta STF sobre risco de soltar Coriolano Coutinho; mas o risco maior está livre e passeando por Brasília

A justiça brasileira é uma piada pronta. Gilmar Mendes foi informado pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator da operação Calvário do Tribunal de Justiça da Paraíba, sobre o risco de conceder liberdade ao irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho.

Porém, Ricardo Coutinho, considerado o chefe da ORCRIM girassol continua solto e perambulando com suas canelas finas por Brasília. Qual a lógica em manter um soldado da organização criminosa preso e o comandante solto?

O mérito de tal aberração é toda do ministro Napoleão Nunes, do STJ, que fez o favor de soltar o chefe da ORCRIM um dia depois da sua prisão.

Em ofício encaminhado ao habeas corpus de “Cori” no STF, o magistrado diz que, além de responsável pela coleta de propinas, ele também tem poder de intimidar testemunhas com dossiês ou mesmo atos de violência, “pelo domínio que exerce sobre as forças policiais”.

“Existe risco concreto de o investigado interferir nas investigações, mediante contato ou ameaças a pessoas, testemunhas e investigados, inclusive ocultando ou fazendo ocultar elementos de prova importantes à elucidação dos fatos investigados na Operação Calvário”.

Além de habeas corpus de Coriolano, cabe a Gilmar Mendes decidir sobre pedidos de liberdade de outros oito investigados no escândalo.

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