Trazida por Ricardo Coutinho, Cruz Vermelha vai ter que devolver R$ 8,9 milhões aos cofres públicos

A gestão da Cruz Vermelha Brasileira filial Rio Grande do Sul à frente do Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, em 2013, foi considerada irregular pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O colegiado viu irregularidades em despesas executadas pela Organização Social sem a devida comprovação da contraprestação de serviço. Ao todo, foi determinada a devolução, aos cofres públicos, de R$ 8,9 milhões, além de multa pessoal ao gestor responsável pelos contratos, na Paraíba, Ricardo Elias Restum Antônio, equivalente a 10% da dívida imputada.

A corte decidiu, também, aplicar multa de R$ 5 mil contra o então secretário de Saúde, Waldson de Souza. Ele atualmente ocupa o cargo de secretário de Planejamento e Gestão do governo. O voto do conselheiro Nominando Diniz pediu, inclusive, a notificação do governador João Azevêdo para que faça a desqualificação da Cruz Vermelha como Organização Social. O contrato da instituição com o governo do Estado se estende até o mês de junho deste ano e o socialista já determinou a seleção de novas organizações sociais.

O voto de Nominando Diniz prevê, ainda, a notificação dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, da Polícia Federal e da Receita Federal do Brasil. Foram elencados vários itens referentes aos prejuízos causados pela gestão da instituição na administração da unidade de saúde. Entre os pontos destacados com estranheza pelo conselheiro está o pagamento a um contador que, morando no Rio Grande do Sul, recebeu R$ 1,7 milhões da Cruz Vermelha entre 2012 e 2017 para a prestação de serviços no Hospital de Trauma.

Nominando Diniz citou também a contratação de uma empresa de assessoria de imprensa ao custo inicial de R$ 49 mil mensais, quando a instituição de saúde tem quatro jornalistas no seu quadro. O caso foi agravado com o pagamento de aditivo no contrato, que elevou para R$ 75 mil mensais pagos à empresa.

Blog do Suetoni

 

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