Escândalos diários, de 2014 pra cá, nos fez perder um pouco da sensibilidade e indignação com a corrupção. É tanta ladroagem, que notícia vai, notícia vem, e praticamente não nos indignamos mais com os assaltos da classe política.
As irregularidades encontradas pela Controladoria Geral da União no viaduto do Geisel é coisa cabeluda e dará dor de cabeça ao governador Ricardo Coutinho. Mas em tempos de Lava-Jato e Petrolão, passaram quase despercebidas. Segundo a CGU, o lamaçal envolve a desclassificação da empresa que ofereceu proposta mais vantajosa, superdimensionamento do orçamento da obra; resultando um prejuízo de R$ 1,5 milhão e sobrepreço superior a R$ 4 milhões.
Quase R$ 7 milhões desviados pela corrupção. E numa só obra.
Garoto propaganda do PSB desde 2014, o viaduto do Geisel pode até pautar outra campanha eleitoral, mas de forma negativa…
Desclassificação indevida
A CGU apurou que o Governo do Estado, através da Superintendência de Obras (Suplan), desclassificou uma proposta (da empresa Tec Empreendimentos) inferior em R$ 32.954,06 ao preço proposto pela vencedora da licitação do Viaduto do Geisel, a Construtora Gaspar S.A.
Quanto ao orçamento, a Suplan teria chegado a um resultado superestimado porque calculou um número médio mensal de 643 trabalhadores para trabalhar na obra, mas a empresa vencedora teria empregado efetivamente apenas 183. Com isso, teria causado um prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 1,5 milhão.
Valor subiu para R$ 38.9 milhões
Para construir o Viaduto do Geisel, a Suplan realizou uma concorrência pública em 2014 da qual sagrou-se vencedora a Gaspar Construções com proposta de R$ 31.147.018,07. A ordem de serviço para a obra foi emitida em 18 de junho daquele ano. Menos de um ano depois, em 21 de maio de 2015, foi celebrado o primeiro termo aditivo que acresceu o valor da obra em R$ 7.786.309,87 ao inicialmente pactuado, totalizando R$ 38.933.327,44.
Polítika com Blog do Rubão