O blog resgatou uma denúncia feita pelo PSDB na campanha de 2014, sobre o uso de presos condenados por latrocínio na campanha de rua de Ricardo Coutinho. É mais um fato que mostra o vale-tudo que virou a campanha do PSB:
O candidato tucano ao governo da Paraíba, Cássio Cunha Lima, acusou a campanha de Ricardo Coutinho (PSB), que tenta a reeleição, de usar presidiários que cumprem pena em regime semiaberto como cabos eleitorais. O programa eleitoral do PSDB na televisão exibiu imagens dos detentos, identificados nominalmente e com descrição dos crimes cometidos, distribuindo panfletos nas ruas de João Pessoa. O PSDB acionou o Ministério Público Eleitoral e a Vara de Execuções Penais sobre o caso.
Segundo a campanha de Cunha Lima, os presos fazem parte do projeto de ressocialização O Trabalho Liberta, da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado. Eles trabalham no Departamento de Trânsito da Paraíba (Detran) e estariam sendo desviados do trabalho na repartição para fazer campanha.
O procurador eleitoral da Paraíba Rodolfo Alves Silva afirmou que o Ministério Público Eleitoral irá ouvir os presos para saber em quais circunstâncias eles foram chamados para fazer campanha e em que horário a panfletagem foi realizada. “Eles podem se dedicar a outras atividades, mas fora do horário de trabalho”, diz o procurador.
Em nota, o governo da Paraíba negou que os funcionários do Detran tenham sido coagidos a atuar na campanha de Coutinho. “Por fim, o Governo do Estado da Paraíba lamenta que, mais uma vez, o processo eleitoral estimule o levantamento de acusações infundadas contra uma gestão que, comprovadamente, age com respeito e compromisso, em nome da legalidade e da preservação dos princípios constitucionais da moralidade pública”, diz a nota.
A campanha de Coutinho se manifestou por meio de nota na qual ressalta o direito de apenados em demonstrar posições políticas. “Querer privar a liberdade de uma pessoa professar suas preferências políticas é uma atitude digna de coronéis que se acham donos da consciência do povo. A ‘velha política’ passou. Todos aqueles que, por algum motivo, tenham sido condenados pela Justiça, pagaram ou estão pagando suas penas, seja por homicídio ou por corrupção eleitoral, têm o direito garantido por lei de expressar suas convicções políticas, ideológicas ou suas intenções de voto”, diz a nota.