De acordo com a delação premiada de Livânia Farias, o ex-presidiário Ricardo Coutinho estava metendo sua mão grande e magra em R$ 568 mil por mês. O valor era uma combinação do dinheiro desviado de duas organizações sociais: a Cruz Vermelha gaúcha, que terceirizou o Hospital de Trauma, e o Ipcep, que assumiu o Hospital Metropolitano de Santa Rita.
Num dos vídeos que vazou de sua delação, Livânia detalha os entendimentos com Daniel, primeiro para acertar a organização social que iria vencer a licitação para ao Metropolitano, depois, para o pagamento da propina, dividida entre as duas OSs camaradas.
A Cruz Vermelha entraria com cerca de R$ 358 mil, e o Ipcep, com o restante, e os pagamentos deveriam se perpetuar, inclusive, após a saída de Ricardo Coutinho do governo, em 1º de janeiro de 2019, devendo o pagamento das propinas ser honrados, após o repasse do governo João Azevedo para as organizações sociais.
Quando João decretou a intervenção no Trauma, então a torneira da propina fechou. Situação que irritou demais o ex Ricardo Coutinho, levando ao rompimento com Azevedo.